terça-feira, 6 de março de 2012

IMENSIDÃO

A natureza é sábia.
Nos dá o sol, a chuva, estrelas, lua, fauna e flora, belezas em por do sol, raios e trovões, mares, lagos, águas que se transformam em ondas, gelo, quedas d'água que nos presenteiam com arco-íris. Nos dá dias e noites, nos dá a dimensão do que somos diante dela: figurantes em seu cenário.
A natureza é avassaladora com seus terremotos, tsunamis, furacões, tempestades, avalanches e nos mostra quão impotentes somos diante de sua fúria.
Sabemos que temos que nos curvar e admitir a fragilidade humana.
A natureza é uma força incontrolável e inesperada, trapaceia as previsões da ciência que quer domá-la. Exerce seu poder transformador e muda o que quiser, sem nenhuma chance de controle.
Fazendo parte da natureza, também temos nossos dias de fúria, de lago tranquilo, de terremotos existenciais, de geleiras sólidas, de estrelas cadentes.
A lua nos determina ciclos, as estrelas nos apontam caminhos.
A microscópica situação humana é irrelevante diante de tamanha força.

É só isso que sou, um grão de areia sem nenhuma importância.
E, só porisso, tento inventar meu mundo, construir minha natureza.
Assim, quem sabe, encontre um outro mundo, construido por outra pessoa, onde seja possível descontrolar as marés.
E deixar que as águas rolem, que o tempo mude, que a árvore cresça, que o ar envolva.

2 comentários:

  1. Tem dias q parece q todas essas forças da natureza acontecem uma seguida da outra num único dia, em questões de segundos uma ultrapassa a outra dando a vez para a seguinte e com isso, a sanidade beira o abismo da loucura e a queda perece ser inevitável...
    Às vezes acredito q um pulinho na loucura nos fortalece e nos mostra por onde continuar para buscar um novo mundo em q finalmente o ar nos envolva novamente em um novo ciclo guiado pela lua.

    Como sempre palavras inspiradoras, tia!!!

    Beijos Ale

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  2. É deixar que as águas do Rio Moldávia, extamente como na obra clássica de Smetana, cuja musicalidade expressa a grandeza daquele majestoso rio da república tcheca que, na nascente e de forma vagarosa a obra de Smetana descreve com leves adágios de ternura, até o seu explodir apoteótico com consistente rufar das percursões e frenéticos movimentos da orquestra, ao tornar-se volumoso, adulto e determinado!

    O nascimento, crescimento e morte, assim como, o do Rio Modávia, exige empenho,entrega,determinação, esquecimento de desencontros passados e foco único, com a vontade de chegar ao mar, apesar das sinuosas margens que nos dificultam.

    Mas vale tentar, afinal eu não conheco ainda, nada mais emocionante do que a mágica experimentação de estar vivo.

    Um abração carioca.

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